terça-feira, 9 de novembro de 2010

O Pirata Barbarroxa

Esta história é diferente das outras histórias, já que se trata de uma Lenda.E o que é uma Lenda? As Lendas são histórias que acreditamos serem verdade, mas que não temos maneira de provar se são mesmo reais ou invenção de quem as conta.
Era uma vez, há já muito tempo, navegava o Pirata Barbarroxa no seu enorme navio com toda a tripulação, em especial os melhores amigos, Barnabé, o carpinteiro e calafate, José o Cozinheiro e Bento, o Grumete.
Mas este pirata não gostava de roubar nem assustar os marinheiros dos outros navios, em vez disso, preferia ajuda-los durante as avarias ou tempestades no mar, a sua missão mais arriscada passou-se no ano 1520 a 1 de Novembro, no Sul do continente Americano, numa zona que fica entre dois países, um chamado Chile e outro chamado Argentina.
Um conjunto de 5 navios (a que se chama "Armada") estava a atravessar uma zona desconhecida para eles e muito perigosa, tinha rochas escondidas debaixo de água, ondas gigantes e ventos muito, muito fortes. O líder desta Armada chama-se Fernão de Magalhães um navegador Português, que nesta viagem estava ao serviço do rei de Espanha, com o objectivo de dar uma volta ao mundo de navio.
Durante a passagem os navios de Fernão de Magalhães estavam em grande dificuldade, 4 navios já tinham naufragado e o outro estava muito estragado pelos fortes ventos, ondas e pelas rochas, tinha buracos no casco e as velas rasgadas. Quando já todos os marinheiros esperavam o pior, apareceu um navio pirata, e Magalhães gritou: "-Que má sorte! Com toda esta tempestade e ainda temos uns piratas para nos roubar".
Os marinheiros correram para o porão do navio em busca de esconderijo, só o Magalhães ficou (já que era o comandante) para tentar evitar o assalto.
O primeiro pirata a entrar no navio foi o próprio Barbarroxa, Magalhães ficou espantado porque o pirata não tinha nenhuma espada nem outra arma, em vez disso vinha de braços abertos e deu um abraço ao comandante.
Pouco tempo depois chegaram os restantes marinheiros, Barnabé com as suas ferramentas, o José com vários produtos para cozinhar e o Bento, como ainda estava a aprender, ficou no navio do Barbarroxa com os outros marinheiros. Começaram logo a trabalhar, o Barbarroxa foi para o leme, pois conhecia muito bem o mar naquela região, o Barnabé tratou da reparação dos estragos das rochas e do vento e o José preparou uma bela refeição para dar forças a todos os marinheiros.
O Magalhães estava cada vez mais espantado, os piratas que conhecia (e dos que já tinha ouvido outros marinheiros falar) eram ladrões, maus e muito mal dispostos, no entanto o Barbarroxa e a sua tripulação estavam a dar uma grande ajuda.
Após três dias a navegar naquela enorme tempestade o navio do Magalhães, e o do pirata Barbarroxa, conseguiram chegar ao outro lado do continente Americano. Quando lá chegaram, e ao ver o oceano tão calmo, Magalhães deu-lhe o nome de "Oceano Pacífico" (nome que se mantém), também o estreito por onde passaram continua a recordar este dia, já que se chama "Estreito de Magalhães".
Durante o resto da viagem, até ao regresso a Espanha, tudo correu bem. Ao chegarem a Espanha, os marinheiros contaram como tinha sido ajudados pelo pirata Barbarroxa e assim a sua fama foi crescendo.
Desde esse dia outros marinheiros contam como têm sido ajudados pelo Barbarroxa e sua tripulação. Mesmo hoje em dia há marinheiros a contar que são ajudados por este pirata tão diferente e solidário.
E já sabem, se um dia estiverem numa viagem de barco, no meio do Oceano, e com algum problema, pode ser que o Barbarroxa vos vá dar uma ajuda.